Estou aqui em representação do
colectivo pela visibilidade bissexual ACTIBISTAS que marca presença
nesta marcha do orgulho lésbico, gay, bissexual e trans, porque nós,
bissexuais, também existimos e viemos reclamar o nosso espaço!
A bissexualidade é tendencialmente e
facilmente apagada das manifestações públicas de orgulho e/ou reivindicações
LGBT*, em função do reconhecimento dicotómico de identidades gays e lésbicas versus
hétero, que, quanto a nós, não faz qualquer sentido.
A bifobia é uma realidade que vivemos
diariamente. Há quem nos invisibilize, diga que não existimos, que estamos
confusas e confusos, que não sabemos o que queremos, que um dia saberemos o que
somos e quem “realmente” amamos. Há quem diga que somos promíscuas e
promíscuos, que não nos sabemos comprometer, ou que somos egoístas e
insaciáveis.
Mas nós estamos aqui para dizer que a
nossa identidade não é sinónimo de confusão. Que podemos ser promíscuas
ou promíscuos se quisermos e não o ser, se não quisermos. Que não estamos
confusas ou confusos por gostarmos de homens e mulheres, ou até por não
ligarmos ao género. Que as nossas escolhas são tão válidas e honestas quanto as
de qualquer gay e lésbica e hétero. Que o que conta é como estamos com as
pessoas e como construímos as nossas relações e não o conteúdo ou forma destas
relações!
Em 1970, para assinalar o 1º
aniversário dos motins de Stonewall, uma das principais responsáveis pela
organização do primeiro Pride, ou marcha do orgulho, foi uma mulher bissexual
chamada Brenda Howard (1946-2005) - as pessoas bissexuais estão presentes na
história dos movimentos LGBT desde o começo, e todos os dias, não podendo
continuar a ser invisibilizadas. Queremos visibilidade, direitos iguais,
respeito e liberdade, e não nos satisfaremos com menos do que isso!
Podem assistir ao vídeo aqui.
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